A Festa em honra de Nossa Senhora do Carmo tem a sua origem na aparição de Nossa Senhora do Carmo a Simão Stock. Rezam as escrituras que, no dia 16 de julho de 1251, rezava Simão Stock (Superior Geral dos eremitas do Monte Carmelo), no seu convento em Cambridge, Inglaterra, fervorosa e insistentemente, para que Nossa Senhora lhe desse um sinal do seu maternal carinho para com a Ordem por Ela tanto amada, mas então com violência perseguida.
A Virgem Santíssima ouviu as ardentes súplicas de Simão Stock, apresentou-se-lhe com o Escapulário na mão e diz-lhe:
Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este Escapulário será preservado do fogo eterno. É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos perigos e um penhor da minha especial proteção.
O Escapulário está dependurado na mão direita da Imagem de Nossa Senhora do Carmo. Na realidade, são dois pedacinhos de lã castanha unidos por cordões. Este Escapulário tem de ser benzido e imposto por um Sacerdote. Em dezembro de 1910, o Papa São Pio X declarou que, depois de imposto o Escapulário, este pode ser substituído por uma medalha benzida, contando que essa medalha tenha, de um lado, o Coração de Jesus e, do outro, Nossa Senhora em qualquer das suas invocações.
Por tradição de centenas de anos, em Tentúgal, o “dia grande” da festa religiosa em honra de Nossa Senhora do Carmo realiza-se sempre no dia em que a Igreja celebra a Virgem do Carmo, isto é, no dia 16 de julho. Na verdade, pela descrição de um litígio entre o cura de Tentúgal e as monjas do Carmo sabe-se que, no longínquo ano de 1788 (há 220 anos), a festa se realizava no dia 16 de julho.